Bateu, doeu? Pode xingar, que passa.

quarta-feira, 15 de julho de 2009 ·

Soltar aquele palavrão depois de bater o dedinho na quina da parede pode ajudar a suportar a dor.

É o que concluíram os cientistas da Universidade de Keele, no Reino Unido, depois de pedirem a 64 pessoas que mergulhassem suas mãos em bacias com água gelada. Primeiro, elas tiveram que gritar um palavrão de sua escolha enquanto mantinham a mão na água pelo tempo máximo que conseguissem. Depois, foi solicitado que repetissem o experimento, mas dessa vez gritando uma outra palavra qualquer.

A tese do Dr. Richard Stephens e de seus colegas era a de que o ato de xingar prejudicaria a tolerância à dor. Mas o que descobriram depois do experimento foi o exato oposto: 50% a mais de resistência quando as palavras escolhidas eram as que fariam muitas mães lavarem a boca dos participantes com sabão. Enquanto xingavam, as pessoas conseguiram manter suas mãos, em média, por dois minutos no gelo. Já no segundo caso, a média foi de apenas um minuto e 15 segundos.

A explicação encontrada, embora ainda incerta, é a de que xingar poderia ativar o instinto natural de “bater ou correr”. O fato de acelerar os batimentos cardíacos indicaria um aumento na agressividade: esconder uma fraqueza ou ameaça por trás de um palavrão é uma forma de lidar melhor com elas. O estudo levanta a possibilidade dessa ser a razão do ato de xingar estar tão presente nas nossas vidas, tanto no passado como nos dias de hoje.

Mas antes de se sentir livre para sair falando besteira por aí, Dr Stephens faz um alerta: o uso dos palavrões para aliviar a dor só funciona se não for um hábito. Se você abusar dos xingamentos, eles perdem o efeito “anestésico”.

Fonte: http://info.abril.com.br/noticias


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