Estudo: adultos passam 8 horas por dia diante de uma tela

domingo, 29 de março de 2009 · 0 comentários

Brian Stelter

Em um mundo no qual há telas de TV nos supermercados, videotecas de cinema às quais temos acesso digital e videoclipes para celulares, o norte-americano médio está exposto a 61 minutos de comerciais e promoções de TV a cada dia. Há quem pense que isso pode ser excessivo. Mas "as pessoas não parecem estar dispostas a sair da sala correndo", de acordo com Jack Wakshlag, diretor de pesquisa da Turner Broadcasting.

De fato, os adultos ficam expostos a telas ¿ TVs, celulares e até mesmo em aparelhos de GPS - por cerca de 8,5 horas ao dia, tipicamente, de acordo com um estudo divulgado pelo Conselho de Excelência em Pesquisa. A TV continua a ser a mídia dominante, em termos de consumo de mídia e publicidade, de acordo com o estudo. Os dados sugerem que o uso de computadores suplantou o rádio como segunda mais comum entre as atividades de mídia. (A mídia imprensa vem em quarto lugar.)

O conselho foi criado pela Nielsen, mas é uma organização independente. O estudo de US$ 3,5 milhões foi bancado pela Nielsen e tentava, em parte, determinar se as companhias de mídia precisavam recorrer a novas formas de mensuração de audiência.

Pesquisadores do Centro de Design de Mídia da Universidade Estadual Ball, que conduziu o estudo, afirmam que ele é o maior trabalho de observação de uso de mídia já realizado. Em lugar de basear o estudo nas recordações das pessoas, os pesquisadores capturaram as ações dos usuários em tempo real ao acompanhar 350 deles ¿ a maioria dos quais antigos integrantes do painel Nielsen de audiência televisiva -, e registrando as atividades de cada pessoa em incrementos de 10 segundos.

Os pesquisadores afirmam que registraram o comportamento dos participantes durante 952 dias. Nenhum dos participantes tem menos de 18 anos.

Os resultados do estudo sobre o consumo de vídeo podem intrigar os clientes de publicidade, antes da abertura da temporada de vendas antecipadas de tempo comercial. Os pesquisadores constataram que o número de minutos dedicados à mídia é quase igual em todas as faixas etárias.

Wakshlag classifica esse tempo como "notavelmente consistente entre todas as faixas etárias". Com a exceção das pessoas de entre 45 e 54 anos, que em média passam uma hora a mais por dia diante de telas, constatou o estudo.

"Isso contraria o conhecimento convencional, claro, segundo o qual as faixas etárias mais jovens aparentemente dedicam mais tempo a mídias dotadas de telas", disse Michael Bloxham, diretor do centro.

Entre outras surpresas, a pesquisa constatou que os jovens não são os únicos a dividir suas atenções entre múltiplas telas e máquinas. Pessoas na casa dos 20, 30, 40 e 50 e poucos anos em geral se dedicam a múltiplas tarefas por tempo semelhante. Já as pessoas de mais de 55 anos tendem a apresentar menor incidência de múltiplas tarefas. "É nesse ponto que começa a surgir a disparidade geracional, se é que ela existe", disse Bloxham.

Ainda que os pesquisadores tenham enfatizado que o estudo não tinha por objetivo provar pontos específicos sobre o consumo de mídia, boa parte dos dados "é na verdade bastante reconfortante" para o setor de televisão, disse Wakshlag. Os dados reafirmam boa parte daquilo que a Nielsen constatou em passados estudos, a saber: que a televisão continua a ser, de longe, a mídia dominante para assistir vídeos. O estudo constatou que o adulto norte-americano médio fica exposto a 309 minutos de TV ao dia, diretamente, e mais 15 minutos de TV via gravadores digitais e 2,4 minutos de vídeo em computador.

"Ainda que as pessoas tenham a oportunidade de assistir a vídeos em seus computadores e celulares, a TV respondeu por 99% de todos os vídeos consumidos em 2008", disse Bloxham. "Mesmo na faixa etária dos 18 aos 24 anos ela atingiu os 98%".

Os mais jovens e a web
Entre as audiências mais jovens, existem alguns fortes indicadores de que a web está afetando o uso de mídia. Os dados demonstram que as pessoas entre os 18 e os 24 anos ¿ em geral estudantes universitários e pessoas que acabam de ingressar na força de trabalho - são as que menos assistem TV (210 minutos diários), dedicam mais tempo a mensagens de texto (29 minutos) e assistem mais vídeos online (5,5 minutos).

Os usuários um pouco mais velhos, com idade dos 25 aos 34 anos, passam mais tempo assistindo a vídeos em DVD ou gravados digitalmente. As pessoas dos 35 aos 44 anos dedicam mais tempo à web do que os demais grupos, com 74 minutos diários em média. A próxima faixa etária, dos 45 aos 54 anos, dedica mais tempo ao e-mail. Os consumidores de mais de 65 anos assistem mais TV, de acordo com a pesquisa.

O estudo constatou que televisão e videogames atraem atenção mais concentrada, enquanto outras atividades (como ouvir música) muitas vezes acontecem enquanto as pessoas fazem outras coisas.

Para algumas pessoas, existe um "estigma social" associado a assistir televisão por tempo demais, diz Bloxham. Quando algumas pessoas foram convidadas a estimar quanto tempo dedicavam a assistir TV a cada dia, algumas delas "podem não querer dizer que o fazem durante cinco ou seis horas, porque isso as enquadraria na categoria dos sedentários", afirma.

Para outros, ele diz, "não existe estigma, porque a possibilidade de conversar sobre o reality show ou programa de TV da noite anterior é uma ferramenta social".

Tradução: Paulo Migliacci ME

The New York Times

Rede de espionagem invade computadores de entidades de 103 países

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Uma rede de espionagem de informática conseguiu invadir computadores de Governos, embaixadas, organizações de defesa dos direitos humanos e veículos de comunicação, entre outras entidades, em 103 países, segundo uma investigação da Universidade de Toronto.

O relatório, divulgado hoje pelo Munk Centre for International Studies da universidade canadense, diz que não é possível atribuir com certeza a autoria da espionagem da rede que os investigadores chamam de "GhostNet" ("Rede Fantasma").

No entanto, o estudo afirma que três dos quatro servidores de controle estão localizados em províncias chinesas, e o quarto, na Califórnia, nos Estados Unidos.

Os autores do relatório são um grupo de acompanhamento do crime na rede chamado The Information Warfare Monitor, centrado no uso da internet como domínio bélico estratégico.

Eles trabalham sob o patrocínio do SecDev Group, uma empresa de consultoria de Ottawa especializada em áreas em risco de violência, e do Laboratório Cidadão da Universidade de Toronto.

Para os especialistas, não é possível ter total certeza de que a espionagem implique o Governo chinês, apesar de o controle do sistema partir quase exclusivamente de computadores na China, já que o número de internautas chineses dá ao país uma taxa equivalente de crimes pela rede.

No entanto, a origem da investigação tem relação com o pedido do escritório do dalai lama em Dharamsala, norte da Índia, para que os especialistas analisassem sua rede de computadores, onde tinham sido roubados virtualmente documentos e cujos microfones e câmeras eram ativados através de controle remoto.

O jornal "The New York Times", que teve acesso às "impressões digitais dos espiões", afirma que um dos possíveis indícios da implicação oficial da China é a ligação recebida por um diplomata não identificado logo após que esse recebeu um convite do dalai lama.

O objetivo da chamada era pressionar o diplomata para que não fosse à reunião.

A maioria dos computadores infectados pertence a países ou missões diplomáticas do Sudeste Asiático, escritórios taiuaneses, indianos e tibetanos, mas o relatório não permite ver nem a relação dos computadores infectados nem os nomes de seus donos.

No entanto, na listagem por organismos aparecem os escritórios da agência americana "AP" em Londres e Hong Kong, e o canal de televisão "New Tang Dynasty Television", criado por grupos de apoio a Falun Gong.

Também figura a operadora telefônica Cantv, da Venezuela, o Ministério de Assuntos Exteriores do Irã, a embaixada chinesa nos Estados Unidos, a empresa de consultoria Deloitte Touch, a rede informática do Governo de Portugal, a embaixada de Malta na Líbia ou entidades da ilhas Salomão.

EFE

Artista pinta Nova York usando iPhone como tela

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No final do século XIX, identificar um artista em pleno processo de criação no meio de um parque, por exemplo, era tarefa fácil. Posicionado de forma estratégica para capturar o ângulo mais bonito da paisagem, ele estaria junto a seu cavalete, com uma paleta de tintas em uma das mãos e um pincel na outra, e talvez até usasse uma boina, como nos desenhos animados. Mas hoje, provavelmente, se você andasse pelas ruas de uma grande metrópole e visse um homem deslizando o dedo pela tela de seu iPhone, você nem desconfiaria que ele está fazendo praticamente a mesma coisa: pintando a paisagem.

Em 2009, esse "pintor" poderia ser Jorge Colombo, que usa o dedo como pincel para registrar cenas de Nova York na tela de seu iPhone. Nascido em Portugal, ele mora há 20 anos nos Estados Unidos, e seus recentes "iPhones Sketches" sucedem trabalhos com fotografia, vídeo e ilustração.

Para pintar na tela sensível ao toque do celular da Apple, Colombo usa o aplicativo Brushes ("pincéis") - que custa cerca de US$ 5 na App Store -, seu dedo e, claro, alguma habilidade.

O artista registra desde prédios, pontes e ruas, a temas mais banais, como o interior de um café visto pelo lado de fora. As cenas noturnas são bastante comuns, e mostram uma vantagem do iPhone sobre as telas de pintura tradicionais: a tela iluminada do celular dispensa qualquer outra fonte de luz.

Por enquanto, Jorge Colombo exibe as "pinturas de iPhone" em seu site, mas anuncia que em breve lançará uma edição de imagens impressas.

As imagens podem ser vistas em www.jorgecolombo.com/isketches. Em algumas delas, é possível visualizar o processo em vídeo.

Redação Terra

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