Web pode virar buraco negro e "devorar" a História

sábado, 28 de fevereiro de 2009 · 0 comentários

Acadêmicos, pesquisadores e até mesmo estudiosos da história do beisebol perceberam recentemente o desaparecimento de alguns arquivos de jornais mais antigos até há pouco disponíveis na web. Os problemas surgiram depois que a PaperofRecord.com, uma coleção de mais de 20 milhões de páginas de jornais que variam do Toronto Star a periódicos de aldeias mexicanas, passando por publicações de Perth, Austrália, se fundiu ao Google News Archive.

O problema, descobriram os pesquisadores, é que o Google encontrou dificuldades para reformatar as imagens dos jornais e adquirir os direitos de exibição do conteúdo de algumas das publicações mais antigas, e por isso bloqueou, ao menos temporariamente, o acesso a alguns dos arquivos.

Existe uma visão idealizada da web como uma espécie de armazém geral do conhecimento humano, e no sentido da amplitude daquilo que se pode descobrir com uma busca aleatória no Google, isso é verdade. Mas apesar de toda essa abertura, a web provou ser um receptáculo ineficiente para a preservação histórica, e boa parte do tesouro que ela abriga fica perdido em um labirinto de páginas de web alteradas, links quebrados e sites eliminados.

O diretor da British Library recentemente alertou em artigo para o jornal Observer que, se essa memória digital não for reparada, corremos o risco de "criar um buraco negro para os futuros historiadores e escritores".

Os arquivos do Sporting News, conhecido como "a bíblia do beisebol" e fundado em 1886, estão entre as publicações que caíram vítima da transição da PaperofRecord.com ao controle do Google. Alguns jornais mexicanos antigos também estão indisponíveis, se queixam os acadêmicos.

Preservar a História na web é difícil até mesmo para o Google, cuja missão declarada é a de "organizar a informação do mundo e torná-la universalmente acessível e útil". "Estamos fazendo o melhor que podemos para encontrar uma solução que inclua o máximo possível do conteúdo adquirido", disse um porta-voz do Google sobre a transição do arquivo de jornais.

Mas à medida que proporção cada vez maior de nossa memória coletiva ganha abrigo online, cresce o perigo de que percamos o conteúdo e contexto de eventos acontecidos até mesmo há poucos dias, quanto mais há semanas, meses ou décadas.

Tente recuperar links de escândalos antigos ou imagens inconvenientes na web, por exemplo Enron, Parmalat ou outros nomes corporativos que entraram em colapso. A maior parte deles desapareceu, apesar dos esforços de sites como a Wikipedia ou Smoking Gun ou combinação de forças da blogosfera para a preservação da história.

Onde foi parar o senso de revolta coletiva global com a pilhagem do Museu Nacional do Iraque durante a invasão dos Estados Unidos ao país em 2003? Apesar de ser difícil de medir, creio que é possível apostar que o mundo sofre a perda de um museu cheio de artefatos todos os dias, dependendo de como a wWeb armazena nossas memórias culturais.

O modo como a World Wide Web evoluiu ao longo dos últimos tornou possível deixar obscuro ou mesmo apagar fatos inconvenientes. Isso não era a intenção do inventor da web, Tim Berners-Lee, cujo objetivo era fazer com que cada endereço apontasse para uma página de dados. Em vez disso, os projetistas da web acharam conveniente criar endereços dinâmicos que podem tornar impossível encontrar informações em uma segunda visita a um mesmo site.

Por isso, desfrute dos muitos benefícios da web enquanto eles ainda estão acessíveis em sua tela. Mantenha cópias de tudo que deseja recordar, ou encare o risco de perder essas informações talvez já no próximo momento em que atualizar uma página.

Vivemos em uma época em que a capacidade de registrar e preservar o que fazemos em nossas vidas nunca foi tão grande. Mas usar a web para preservar essas memórias torna mais e mais provável que as gerações futuras vejam os primeiros anos da internet como décadas perdidas.

Reuters

Novo pacote Office só chegará em 2010

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Durante uma conferência com analistas financeiros em Nova Iorque, Steve Ballmer, CEO da Microsoft, informou que a nova versão do pacote Microsoft Office não será lançada em 2009, apenas em 2010.

Segundo o site BetaNews, que teria confirmado a declaração com um porta-voz da companhia, acreditava-se que a versão Office 14 estaria no mercado ainda em 2009, possivelmente ainda no primeiro semestre.

A Microsoft ainda não confirmou quando lançará a versão de testes beta do pacote, noticiou o site Channel Register.

Magnet

Verme de verdade provoca superaquecimento em PC

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Após entrar no aparelho, uma minhoca (earthworm, na tradução) causou uma pane séria num laptop no Reino Unido. O trocadilho fica melhor em inglês, já que worm significa tanto verme como um programa auto-replicante que infecta computadores.

Segundo o site Engadget, Mark Talyor, 45 anos, de Somerset, viu seu antigo laptop parar de funcionar de uma hora para outra. Ao levar o equipamento a uma assistência, foi constatado que uma minhoca havia provocado todo o problema. Ela havia sido capturada pelo ventilador do PC de Taylor e travou seu motor.

Com a morte do bichinho, o computador passou a mostrar um aviso dizendo que o ventilador estava inoperante. Com isso, houve superaquecimento no laptop, que parou de funcionar. "Eu retirei a traseira do computador e dei uma olhada dentro. À primeira vista, pensei que o que vi fosse alguma espécie de elástico de cabelo enrolado no ventilador", relatou Sam Robinson, 28, técnico que inspecionou o PC de Taylor.

"Logo descobri que era uma minhoca que tinha se enrolado nas pás do ventilador, se esfarelando no local. Ela travou o movimento da ventoinha quando alguém ligou o aparelho e causou seu desligamento", disse ao site Telegraph.

Taylor afirmou que a minhoca pode ter sido trazida à sua mesa por seus gatos, que costumam se divertir caçando bichinhos e levando-os para dentro de casa. Já o site Tech.blorgue ironiza, também numa piada que só faz sentido em inglês: "teria sido mais engraçado ainda se o computador fosse da Apple".

Vermes e baratas
O acidente remete ao primeiro "bug" (inseto, na tradução) para computadores. O nome bug foi popularizado nos anos 50 pela Almirante Grace Hopper, da Marinha dos Estados Unidos, que foi uma das poucas mulheres a programar (e não apenas operar) computadores na primeira metade do sécuxo XX.

Hopper, entre muitas outras façanhas, integrou a comissão CODASYL, que desenvolveu, a partir de 1965, a linguagem comercial de programação COBOL, usada até hoje por bancos e grandes empresas. Carinhosamente chamada de "Amazing Grace", ela é considerada heroína nacional e há até um navio de guerra com seu nome, o USS Hopper.

O "bug" da Almirante Hopper não era uma falha no código do programa e sim uma mariposa que havia ficado presa entre os contatos de um dos relés do computador Mark II, da Universidade de Harvard. O termo "debugging" (em português, "desinsetização"¿) é inteiramente atribuído a ela.

Magnet

por que mais megapixels não é necessariamente melhor?

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Entre todas as câmeras novas que foram paridas antes da PMA (maior evento de câmeras do mundo) e as loucas câmeras enterradas em celulares na Mobile World Congress, agora é uma boa hora para a gente falar por que mais megapixels não é algo necessariamente bom.

Então, explicando bem resumidamente como uma câmera digital funciona: a luz bate em um sensor, que a converte em cargas elétricas. Dependendo do tipo de câmera que você está usando, a luz chega ao sensor de modos diferentes. Em uma DLSR, por exemplo, você teria um pentaprisma e um sistema de espelho complicado, que abre na hora em que você clica, enquanto uma câmera compacta tem um mecanismo bem mais simples. Mas no fim das contas, o sensor funciona do mesmo jeito.

Redação Terra

Vice-presidente de finanças da Microsoft prevê anos difíceis

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Bill Rigsby

O vice-presidente de finanças da Microsoft prevê pelo menos mais um ano de dificuldades em todas as áreas, já que a economia não está mostrando sinais imediatos de recuperação.

Ao mesmo tempo, a maior fabricante de softwares do mundo confirmou que reduziu em 10 por cento a taxa paga às empresas que lhe fornecem mão-de-obra temporária, num esforço para cortar custos diante da queda na demanda por seus aplicativos e aparelhos.

"Uma contração razoavelmente substancial é a maneira como encaramos a situação", disse Christopher Liddell, vice-presidente de finanças da Microsoft, em uma conferência do Goldman Sachs sobre tecnologia.

"A duração da contração e sua profundidade são algo que nenhum de nós pode saber... A despeito do que dizem os políticos e outros, é provável que no próximo ano ou dois tenhamos um ambiente comercial difícil."

A Microsoft confirmou, em anúncio separado, que reduziu as taxas pagas às agências que lhe fornecem mão-de-obra temporária, alegando que isso é parte de um amplo plano de corte de custos anunciado em janeiro, que prevê a demissão de 5 mil funcionários ao longo dos próximos 18 meses.

A medida foi motivada "pela necessidade de promover reduções de custo mais amplas", disse um porta-voz da Microsoft, acrescentando que os cortes não afetavam os trabalhadores mais capacitados, como programadores.

A empresa tem cerca de 95 mil funcionários, mas não fornece o número de trabalhadores temporários ou terceirizados e não informa também o montante que essa medida permitirá economizar.

Na conferência do Goldman Sachs, Liddell disse que o lançamento do novo sistema operacional Windows 7 poderia ajudar na recuperação das vendas de computadores pessoais no ano que vem.

"Podemos ver alta (nas vendas de computadores) no ano que vem, em parte como resultado da queda na demanda este ano", disse Liddell, que espera que alguns usuários adiem a compra de novos computadores para esperar pelo Windows 7, que deve ser lançado no início de 2010.

"Isso ajudará, mas não compensará os problemas macroeconômicos mais amplos."

Reuters

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