Empresas buscam modelo de sucesso da App Store

domingo, 3 de maio de 2009 ·

Na última semana, a Apple anunciou a marca de um bilhão de downloads feitos pela App Store, a loja online de aplicativos para iPhone e iPod Touch. O sucesso da loja, que foi lançada em julho de 2008 e hoje oferece cerca de 35 mil aplicativos, levou concorrentes como a Research In Motion, o Google e a Nokia a criar suas próprias lojas de aplicativos para celulares.

Os 35 mil aplicativos oferecidos na App Store incluem desde jogos clássicos, como Tetris, até curiosidades como um brinquedo musical que transforma o iPhone em uma ocarina. Muitos deles aproveitam recursos do iPhone como a interface multitoque e o acelerômetro, que responde ao movimento.

O jornal El País calcula que, em um mercado atual de 37 milhões de iPhones e iPods Touch, a marca alcançada pela App Store em nove meses representa uma média de 27 downloads por aparelho.

Seguir o modelo da App Store parece uma estratégia incerta para gigantes da telefonia se levarmos em conta que a Apple detém apenas 1,4% do mercado de celulares. Além disso, a App Store oferece diversos aplicativos gratuitos. A maioria dos que são pagos custa menos de US$ 10, e a empresa fica com apenas 30% do valor das vendas - os outros 70% ficam com os desenvolvedores.

Mas a Apple tem em seu currículo a iTunes Store, criada para abastecer os players iPod com músicas. Mesmo que os lucros da empresa sobre as vendas também fossem mínimos, a loja serviu para conquistar a fidelidade do consumidor, surpreendendo a concorrência que demorou a perceber o sucesso da estratégia.

Agora, as rivais da indústria telefônica não querem cometer o mesmo erro. O objetivo é conquistar o usuário com uma loja com aplicativos baratos para smartphones e que possa ser acessada a qualquer hora, do computador ou diretamente pelo celular.

Em setembro de 2008, o Google abriu uma loja para smartphones que usam seu sistema operacional Android. Na ocasião, havia apenas o G1 da HTC, mas em breve a plataforma será usada também em outros aparelhos - como o Samsung I7500 -, o que deve fortalecer o negócio. Inicialmente, o Android Market oferecia somente aplicativos gratuitos, mas em fevereiro o Google passou a permitir também os pagos, em um esforço para expandir sua presença na arena dos smartphones.

Em 1o de abril, a RIM inaugurou a App World, juntando em um só lugar os aplicativos disponíveis para seus celulares Blackberry. Segundo a empresa, a loja oferece hoje mais de mil aplicativos, alguns deles gratuitos, e novidades são adicionadas diariamente.

As próximas a seguir os passos da Apple são a Microsoft e a Nokia, que já anunciaram a criação de lojas de aplicativos para celulares que usam seus sistemas operacionais - Windows Mobile e Symbian, respectivamente. A Ovi Store, da Nokia, deve ser lançada em maio, juntando em um único canal os serviços de download de conteúdo que a empresa oferece atualmente. A Microsoft disse ter planos para abrir o Windows Marketplace for Mobile no segundo semestre deste ano, e já anunciou parceiros como Facebook, Pandora e MySpace.

Outra empresa que planeja seguir o modelo de lojas online de aplicativos é a Palm, que está desenvolvendo o Palm App Catalog para o aparelho Pre, com lançamento previsto para o meio deste ano.

Enquanto isso, a Apple comemora o seu primeiro bilhão de downloads já de olho no futuro. "Em nove meses, a App Store revolucionou completamente a indústria de celulares", disse Philip Schiller, vice-presidente mundial de marketing de producto da companhia. "E isso é só o começo".

Fonte: www.terra.com.br

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