Kodak tem prejuízo de US$ 137 milhões e vai demitir até 4,5 mil

Companhia congelou salários e cortou bônus de executivos.
Mais cedo, Toshiba também anunciou que demitirá 4,5 mil.

A empresa norte-americana de produtos fotográficos Kodak informou nesta quinta-feira (29) ter registrado prejuízo de US$ 137 milhões no último trimestre de 2008, decorrentes dos impactos da crise mundial e do câmbio sobre os resultados da companhia. No mesmo trimestre do ano passado, a empresa teve lucro de US$ 215 milhões.
Para fazer frente às perdas, a empresa informou ainda que cortará de 3,5 mil a 4,5 mil postos de trabalho, o que representa 14% a 18% do total de funcionários. Esses cortes deverão incluir posições executivas e gerar uma economia anual de US$ 300 milhões a US$ 350 milhões.

"A segunda metade de 2008 entrará para a história como um dos períodos mais desafiadores que vimos em décadas", afirmou, em nota, o presidente da Kodak, Antonio M. Perez.

Como medida de economia, a Kodak congelou os salários durante o ano "exceto nos casos requeridos pela lei ou por acordos locais". Os executivos da companhia também ficarão sem receber bônus.

Dados

No quarto trimestre, as vendas da companhia despencaram 24%, para US$ 2,43 bilhões, afetadas pela menor demanda por câmeras digitais e pelo câmbio desfavorável.

Ao longo do ano, a Kodak registrou ganhos de US$ 339 milhões, uma queda de cerca de 50% frente ais US$ 676 milhões do ano anterior. As vendas caíram 9% nessa comparação, para US$ 10,3 bilhões.

Toshiba

Mais cedo, a fabricante japonesa de produtos eletrônicos Toshiba também informou ter registrado fortes perdas no último trimestre de 2008, de US$ 1,3 bilhão. Segundo a empresa, as perdas decorreram principalmente do efeito da crise sobre sua divisão eletrônica.

Após os resultados ruins, a empresa informou que planeja cortar custos em US$ 3,3 bilhões no próximo ano fiscal, por meio de redução de investimentos e eliminação de 4,5 mil vagas temporárias. Destes, 500 funcionários serão recontratados nas áreas relacionadas a usinas de energia e elevadores do grupo.

Do G1, em São Paulo