
Os balanços divulgados na sequencia por IBM, Nokia e Google demonstram até que ponto a recuperação está se provando oca em termos de perspectivas de crescimento.
Ainda que o setor tenha contrariado a onda de vendas do mercado acionário nas últimas semanas, todos os sinais apontam para desânimo dos investidores nos próximos meses.
A Nokia, maior fabricante mundial de celulares, ofereceu um lembrete preocupante da situação enfrentada por empresas expostas às incertezas da demanda de consumo. Ela está enfrentando dificuldades em um mercado de celulares que deve cair cerca de 10% este ano, ainda que a empresa tenha sinalizado que a indústria pode estar se estabilizando.
Determinada a manter sua participação dominante de mercado, a companhia anunciou estar preparada para sacrificar margens de lucro no segundo semestre e a se envolver em uma guerra de preços com rivais. Enquanto isso, a joint venture de equipamento para redes, a Nokia Siemens, vai perder mercado em lugar de se manter estável, como se esperava anteriormente.
Para agravar os problemas, há uma escassez de componentes para alguns de seus celulares que prejudicará o desempenho do grupo no terceiro trimestre. A receita deve cair em 25% este ano. Qualquer recuperação nas margens em 2010 dependerá de avanços na competitividade de seus modelos.
O caso da IBM também serve de exemplo. A receita da empresa no segundo trimestre caiu 13% ante o ano passado, mas uma melhora recorde nas margens a ajudou a superar as expectativas de lucro, devido a anos de esforços de engenharia financeira que tiraram a empresa da fabricação de PCs, sistemas de armazenagem e chips de memória.
Um dia a maior fabricante de computadores do mundo, a IBM se transformou agora em fornecedora de serviços técnicos e software especializado, que respondem por 90% de seus lucros. Mas ainda assim falta uma melhora consistente na demanda.
Enquanto isso, os resultados do Google refletem crescimento estável de receita trimestre a trimestre. Aumento de lucro depende agora do novo mantra da gigante da internet: controle de despesas. Investimento em nova capacidade de serviços de rede despencaram de quase 700 milhões de dólares há um ano para 139 milhões.
Fonte: http://info.abril.com.br
0 comentários:
Postar um comentário