Livro e filme dão retrato polêmico do fundador do Facebook

domingo, 10 de maio de 2009 ·

A vida do nova-iorquino Mark Zuckerberg, criador do Facebook e considerado o jovem mais rico dos Estados Unidos - segundo a revista Forbes, o empresário de 25 anos é dono de uma fortuna estimada em US$ 1,5 bilhão - vai virar um livro. E a história da rede social será retratada num filme. Mas o roteiro não deve colocá-lo no papel de empreendedor boa gente e simpático. O enredo promete ser apimentado com trechos que envolvem sexo, luxo, dinheiro e traição assim como o livro, de acordo com informações do jornal espanhol El País.

Envolvido numa batalha judicial ferrenha, travada com ex-colegas da Universidade de Harvard - que reivindicam a paternidade do Facebook cuja idéia teria sido "roubada" por Zuckerberg -, o jovem que detém hoje a propriedade da rede social de mais de 100 milhões de usuários terá sua história retratada com as tintas da vilania.

Umas das primeiras munições da artilharia pesada que virá contra Zuckerberg já vazou na imprensa: o livro de Ben Mezrich - escritor que ganhou notoriedade após escrever uma obra relatando as apostas dos estudantes do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) em cassinos, transformada posteriormente no filme Blackjack 21 - será sobre o crescimento da popularidade a jato do jovem. Intitulado The Accidental Billionaires: The Founding of Facebook, a Tale of Sex, Money, Genious and Betrayal ("O Bilionário Acidental: a Fundação do Facebook, um Conto de Sexo, Dinheiro, Gênio e Traição", em tradução livre), será lançado somente em julho.

Segundo veículos de comunicação que tiveram acesso aos primeiros trechos da obra, ela apresenta Zuckerberg como um 'imbecil' que roubou a idéia do Facebook de seus colegas universitários, e um obcecado por sexo e garotas.

Mas o livro não é a única rajada de balas que será direcionada ao detentor do Facebook. A cereja do bolo deve vir das telas de cinema. Aaron Sorkin, escritor e produtor, anunciou recentemente que pretende fazer um filme sobre o Facebook que, invariavelmente, vai tratar dos boatos sobre Zuckerberg, sua ascendência empresarial vertiginosa e sua personalidade obscura.

Alguns meios de comunicação, no entanto, ironizaram dizendo que Sorkin não teria muito que revelar, levando com conta seu último projeto televisivo, Studio 60, considerado um fracasso nos Estados Unidos.

Mas, agora, as opiniões mudaram. Se a primeira reação da imprensa à idéia de Sorkin foi sarcástica, recentemente os jornalistas passaram a levar a sério as intenções do cineasta, sobretudo ao saberem de alguns detalhes sobre a produção do filme, como as abordagens que o produtor tem feito a ex-estudantes de Harvard que denunciaram Zuckerberg, além de ex-funcionários da companhia, dispostos a revelar as artimanhas de Zuckerberg para chegar aonde chegou.

O filme já teria até produtor - no caso, Scott Rubin, de Revolutionary Road - e diretor, Thomas Schlamme, que trabalhou na televisão com Sorkin. Temeroso do que possa ocorrer com sua reputação, Zuckerberg já teria disparado uma circular a seus colaboradores - e também a pessoas ligadas ao Facebook, mesmo que atuantes fora da corporação - advertindo todos a não prestarem declarações e a absterem-se de comentários a 'terceiros' sobre a empresa.

Recentemente, a jornalista Claire Hoffman, da revista americana Rolling Stone, escreveu um artigo demolidor em que cita Zuckerberg como um "gângster cibernético", um desequilibrado que simplesmente reescreveu os dados daquilo que seus colegas de faculdade sabiam que iria se tornar uma 'mina de dinheiro'. São conceitos, evidentemente, para um retrato desagradável do jovem empresário que, em vez de ter sua história "vencedora" escrita como um conto de fadas, como seus acionistas certamente gostariam de ver, terá uma versão bem diferente revelada.

Fonte: www.terra.com.br

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