"Trata-se de um tema muito importante para que obtenhamos maior controle sobre o processo informático", disse Ramiro Valdés, ministro da Informática e presidente de comissão para a migração ao software livre. Os motivos são muitos.
Para começar, o embargo dos Estados Unidos impede que Cuba adquira ou atualize produtos como o Windows, o sistema operacional mais popular do planeta, que só opera na ilha em cópias piratas. Além disso, segundo o ministro Valdés, o software norte-americano é uma espada de dois gumes, porque os fabricantes abrem seus sistemas de codificação às agências de segurança do inimigo.
Ao contrário dos programas comerciais, o código-fonte do sistema operacional Linux é aberto e pode ser modificado pelo usuário de maneira a adequá-lo a suas necessidades.
"O movimento do software livre está mais próximo da ideologia do povo cubano, sobretudo pela independência e soberania", enfatizou Hector Rodríguez, diretor da Faculdade de Software Livre na Universidade das Ciências Informáticas. "O software privativo pode ter códigos maliciosos e problemas ocultos que não temos como conhecer. Isso não acontece com o software livre", acrescentou.
O Nova foi apresentado esta semana em Havana durante a conferência internacional Informática 2009, realizada sob o tema "novas tecnologias, desenvolvimento e soberania."
Atualmente, disse Rodríguez, cerca de 80% das redes e 20% dos terminais da ilha são acionados pelo Linux. "Quero crer que, dentro de cinco anos, a situação se terá revertido e nosso país possa ter concluído a migração de mais de 50% (dos terminais)", afirmou.
Reuters
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